Isto de ser adulto acaba por ser um bocadinho chato. Ter responsabilidades, ter contas pagas, viver num certo nível de vida, ter um trabalho certo…
E quando se deixa de gostar do que se faz? E quando ir para o trabalho, ou trabalhar em casa, se torna a parte do dia que menos gostamos e que faz minar todo o resto do dia.
Aí passas a “viver” para os fins-de-semana, feriados, férias… e o tempo vai correndo, saltando, passando ao lado. Ficas perdido na insatisfação diária, no esgotamento, na falta de vontade, na gastrite crónica, na instabilidade do sono, nos antidepressivos que tens de tomar para te sentir equilibrado.
Não nos contaram esta parte quando estávamos a crescer: “Vai, acaba o secundário para ires para a faculdade! Só vais conseguir um bom emprego se tiveres um curso! Acaba o curso! Arranja emprego. Começa já a trabalhar!…” Pronto! E depois? O que é que acontece depois? Já fiz tudo o que me ‘mandaram’: terminei a escola, terminei a faculdade, arranjei emprego. E agora? Como é que se faz isto de “viver”?!